segunda-feira, 21 de julho de 2014

Endovélico, Semana 2: Primeiro Contato

Tendo chegado ao Druidismo após algumas idas e vindas,  quando cheguei para ficar encontrei a questão de qual dos panteões Celtas cultuar -- os Deuses da Irlanda eram aqueles com mais referências históricas e mitológicas, claro, mas apesar disso e da minha estima por eles eu não me sentia realmente "em casa" ali; as Divindades da Gália pareciam me chamar mais para perto, mas a carência de mitos pelos quais conhecê-las era um obstáculo sério. Sabia que os Celtas habitaram a Península Ibérica por milênios, mas naqueles tempos antes da Internet não pude saber quase nada sobre eles e seu culto, então essa opção nem tinha me ocorrido como uma possibilidade séria.
Foi então que, em 1996, durante férias em Portugal, numa feira de livros na praça em Cascais, eu encontrei o livro que iria me apontar a direção a seguir-- A Voz dos Deuses, de João Aguiar: um romance histórico centrado em Viriato e sua época, narrado por um de seus companheiros de guerra, na velhice consagrado sacerdote do deus Endovélico...e foi aí que, pela primeira vez, eu vi o nome Dele, e referências ao seu culto no outeiro de Arcóbriga, mais tarde São Miguel da Mota, e seus dons de cura, sonhos e condução das almas ao Outro Mundo; também ali encontrei as outras Divindades cultuadas no mesmo período, como Tongoenabiago, Trebaruna, Ategina e outras, que vieram a compor o meu panteão pessoal, e todas as fontes históricas e arqueológicas comentadas no Apêndice do livro, mas foi Endovélico que ressoou em minha alma de modo mais direto e persistente, estabelecendo o vínculo que perdura nesta vida e para além dela.

Posted via Blogaway

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Um comentário:

Corvus Bruxo Luggenikos disse...

Desconocía por completo la existencia de ese libro, mas me encantaría leerlo...