segunda-feira, 7 de julho de 2025

Ategina, Semana 23: Literatura Evocativa

Há quem considere este livro o melhor saído da pena do grande C.S.Lewis, aquele das Crônicas de Nárnia
(ele também achava isso).
Até que Tenhamos Rostos é nada mais, nada menos, que o recontar do mito clássico de Psique e Eros, desta vez narrado por Orual, irmã mais velha de Psique e herdeira do reino.
Uma feroz acusação contra os Deuses e Suas condutas aparentemente impiedosas.
Um lamento pelo destino trágico de sua irmã mais nova, condenada a se casar com um monstro, sofrendo toda sorte de vicissitudes decorrentes desta união maldita
(ou pelo menos assim pareceu aos olhos da enlutada Orual).
Mesmo no dia a dia de seus deveres como Rainha, ainda assim ela participou, mesmo que à distância e como um sonho, das provas a que Psique foi submetida para reencontrar seu esposo divino.
E isso fez cada palavra de seu libelo soar carregada de revolta contra Aqueles que permitiram tanto sofrimento
(mas o livro de Orual tem um posfácio, e nele vemos que a ela, no final, foi revelada a verdade oculta por detrás do drama de Psique, o que a faz entender a estranha, incompreensível e eterna justiça que move Suas ações).
E se vocês ainda se chocam com a idéia do leão Aslan como sendo a face do Cristo em Nárnia, só digo isso: vocês ainda não viram NADA...

VÃO LER!!!







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